Construção Civil: Setor espera recuperação somente em 2016

Perda de ritmo da economia e cortes no orçamento derrubam confiança do setor que chega ao menor nível da série da FGV.

Com o cenário macroeconômico deteriorado e as perspectivas para os próximos meses ainda mais nebulosas a partir do corte no orçamento da União, resta aos empresários da construção civil esperar por uma recuperação a partir de 2016. É o que aponta a economista da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Ana Castelo.

À frente da pesquisa de sondagem do setor, Ana ressalta que em maio a confiança dos empresários do segmento chegou ao pior patamar da série histórica da FGV, iniciada em julho de 2010, puxada tanto pelas avaliações em relação ao estado atual dos negócios quanto das expectativas relacionadas aos meses seguintes.

“A atividade do setor está enfraquecida. E, no curto prazo, novos fatores devem contribuir ainda mais para deprimir o segmento, como o anúncio do corte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e do Minha Casa Minha Vida”, ressalta Ana Castelo.

O ICST (Índice de Confiança da Construção) medido pela FGV recuou 5,1%, entre abril e maio, alcançando 72,9 pontos. O resultado sucede uma queda de 7,8%, em março, e uma alta de 0,5%, em abril. Anunciado na segunda-feira, a redução de recursos para o PAC e do Minha Casa Minha Vida chega a quase R$ 33 bilhões. No entanto, a expectativa de retomada do pacote de concessões no próximo mês, com 14 rodovias previstas, e mais o lançamento da terceira fase do Minha Casa Minha Vida, no segundo semestre, podem trazer ares novos para a atividade.

“Se saírem do papel, esses projetos construirão um caminho para a recuperação da confiança dos empresários do setor para o próximo ano”, avalia Ana Castelo.

“É pouco provável que se tenha mudanças em termos de reaquecimento da atividade ainda em 2015. Mas a reversão do ambiente de pessimismo num cenário macroeconômico deteriorado pode começar a ser trabalhada este ano, se uma agenda positiva for criada dentro de regras transparentes”, acrescenta.

Para a equipe econômica do Bradesco, o setor seguirá em ritmo bastante lento. “Dado o nível elevado de estoques e redução dos investimentos”, disse o banco em nota.

A perda de fôlego da atividade vem gerando impactos sobre o emprego — com 76 mil postos fechados no ano, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho — e sobre a inflação do setor. Em maio, o Índice Nacional de Custo da Construção – Mercado desacelerou de uma alta de 0,65% em abril para 0,45%. Nos 12 meses, o INCC-M acumula expansão de 5,97%, patamar inferior a igual mês do ano passado (7,89%). O resultado é, em parte, reflexo do atraso nos acordos coletivos dos trabalhadores, que estão sendo fechados em patamares inferiores aos de 2014. No Rio, o reajuste geral ficou em 7%. Em São Paulo ficou entre 8,34% e 8%.

Alumínio na Construção Civil

O alumínio na construção civil é sinônimo de beleza, longevidade, modernidade e inteligência construtiva. Produtos como esquadrias de alumínio, painéis de revestimento, fachadas envidraçadas, estruturas de alumínio para coberturas, estruturas de alumínio para fechamentos laterais, divisórias, forros, box, utensílios para a construção, formas de alumínio para paredes de concreto, andaimes, escoras telhas, entre tantas outras soluções são facilmente montados e manuseados nos canteiros de obras e dão um toque de sofisticação, funcionabilidade e bom gosto aos empreendimentos.

Duráveis e resistentes às intempéries, os produtos de alumínio têm vida média acima de 40 anos e proporcionam um excelente acabamento – pintado ou anodizado.

Não é difícil entender porque o alumínio é o material ideal para empreendimentos sustentáveis, sendo largamente aplicado como solução nos chamados “green buildings”. Ele é infinitamente reciclável e traz vantagens em ecoeficiência, uma vez que, aliado a outros materiais, propicia um ótimo padrão de isolamento térmico e, por isso, contribui para a economia no consumo de energia elétrica. Importante destacar também que o alumínio permite inúmeras possibilidades arquitetônicas que favorecem o melhor aproveitamento da iluminação natural.

O alumínio permite uma diversidades de formatos, designs, pelo fato de que o seu processo de transformação obtêm praticidade, produtividade num processo industrial, quando comparado com outras materiais.

Vantagens do Alumínio

Vantagens do Alumínio

As características do alumínio permitem que ele tenha uma diversa gama de aplicações. Por isso, o metal é um dos mais utilizados no mundo todo. Material leve, durável e bonito, o alumínio mostra uma excelente performance e propriedades superiores na maioria das aplicações. Produtos que utilizam o alumínio ganham também competitividade, em função dos inúmeros atributos que este metal incorpora, como pode ser conferido a seguir:

  • Leveza
  • Elevada condução de energia
  • Impermeabilidade e opacidade
  • Alta relação resistência/peso
  • Beleza
  • Durabilidade
  • Maleabilidade e soldabilidade
  • Resistência à corrosão
  • Resistência e dureza
  • Possibilidade de muitos acabamentos
  • Infinitamente reciclável

Historia do Alumínio

 

O alumínio é um elemento químico de símbolo Al e número atômico 13 (treze prótons e treze elétrons ) com massa 27 u . Na temperatura ambiente é sólido, sendo o elemento metálico mais abundante da crosta terrestre.

Sua leveza, condutividade elétrica, resistência à corrosão e baixo ponto de fusão lhe conferem uma multiplicidade de aplicações, especialmente nas soluções de engenharia aeronáutica. Entretanto, mesmo com o baixo custo para a sua reciclagem, o que aumenta sua vida útil e a estabilidade do seu valor, a elevada quantidade de energia necessária para a sua obtenção reduzem sobremaneira o seu campo de aplicação, além das implicações ecológicas negativas no rejeito dos subprodutos do processo de reciclagem, ou mesmo de produção do alumínio primário.
É dado a Friedrich Wöhler o reconhecimento do isolamento do alumínio, em 1827.

O alumínio é um metal leve, macio e resistente. Possui um aspecto cinza prateado e fosco, devido à fina camada de óxidos que se forma rapidamente quando exposto ao ar. O alumínio não é tóxico como metal, não-magnético, e não cria faíscas quando exposto a atrito. O alumínio puro possui tensão de cerca de 19 MPa (megapascais) e 400 MPa se inserido dentro de uma liga.

Sua densidade é aproximadamente de um terço do aço ou cobre. É muito maleável, muito dúctil, apto para a mecanização e fundição, além de ter uma excelente resistência à corrosão e durabilidade devido à camada protetora de óxido. É o segundo metal mais maleável, sendo o primeiro o ouro, e o sexto mais dúctil. Por ser um bom condutor de calor, é muito utilizado em panelas de cozinha.

Considerando a quantidade e o valor do metal empregado, o uso do alumínio excede o de qualquer outro metal, exceto o aço. É um material importante em múltiplas atividades econômicas.

O alumínio puro é mais dúctil em relação ao aço , porém suas ligas com pequenas quantidades de cobre, manganês, silício, magnésio e outros elementos apresentam uma grande quantidade de características adequadas às mais diversas aplicações. Estas ligas constituem o material principal para a produção de muitos componentes dos aviões e foguetes.

Quando se evapora o alumínio no vácuo, forma-se um revestimento que reflete tanto a luz visível como a infravermelha, sendo o processo mais utilizado para a fabricação de refletores automotivos , por exemplo. Como a capa de óxido que se forma impede a deterioração do revestimento, utiliza-se o alumínio para a fabricação de espelhos de telescópios, em substituição aos de prata.

Devido à sua grande reatividade química é usado, quando finamente pulverizado, como combustível sólido para foguetes e para a produção de explosivos. Ainda usado como ânodo de sacrifício e em processos de aluminotermia para a obtenção de metais.
Outros usos do alumínio são:
Meios de Transporte: Como elementos estruturais em aviões, barcos, automóveis, bicicletas, tanques, blindagens e outros; na Europa têm sido utilizado com frequência para formar caixas de trens.

  • Embalagens: Papel-alumínio, latas, embalagens Tetra Pak e outras.
  • Construção civil: Janelas, portas, divisórias, grades e outros.
  • Bens de uso: Utensílios de cozinha, ferramentas e outros.

Transmissão elétrica: Ainda que a condutibilidade elétrica do alumínio seja 60% menor que a do cobre, o seu uso em redes de transmissão elétricas é compensado pelo seu menor custo e densidade, permitindo maior distância entre as torres de transmissão.

Como recipientes criogênicos até -200 °C e, no sentido oposto, para a fabricação de caldeiras.

Observação: As ligas de alumínio assumem diversas formas como a Duralumínio.

Descobriu-se recentemente que ligas de gálio-alumínio em contato com água produzem uma reação química dando como resultado hidrogênio, por impedir a formação de camada protetora (passivadora) de óxido de alumínio e fazendo o alumínio se comportar similarmente a um metal alcalino como o sódio ou opotássio. Tal propriedade é pesquisada como fonte de hidrogênio para motores, em substituição aos derivados de petróleo e outros combustíveis de motores de combustão interna.

Tanto na Grécia como na Roma antiga se empregava a pedra-ume (do latim alūmen ), um sal duplo de alumínio e potássio, como mordente em tinturaria e adstringente em medicina, uso ainda em vigor.

Geralmente é dado a Friedrich Wöhler o reconhecimento do isolamento do alumínio, fato que ocorreu em 1827, apesar de o metal ter sido obtido impuro alguns anos antes pelo físico e químico Hans Christian Ørsted.

Em 1807, Humphrey Davy propôs o nome aluminum para este metal ainda não descoberto. Mais tarde resolveu-se trocar o nome para aluminium por coerência com a maioria dos outros nomes latinos dos elementos, que usam o sufixo -ium. Desta maneira ocorreu a derivação dos nomes atuais dos elementos em outros idiomas. Entretanto, nos Estados Unidos, com o tempo se popularizou a outra forma, hoje admitida também pela IUPAC.

Apesar do alumínio ser um metal encontrado em abundância na crosta terrestre (8,1%) raramente é encontrado livre. Suas aplicações industriais são relativamente recentes, sendo produzido em escala industrial a partir do final do século XIX. Quando foi descoberto verificou-se que a sua separação das rochas que o continham era extremamente difícil. Como consequência, durante algum tempo, foi considerado um metal precioso, mais valioso que o ouro. Com o avanço dos processos de obtenção os preços baixaram continuamente até colapsar em 1889, devido à descoberta anterior de um método simples de extração do metal. Atualmente, um dos fatores que estimulam o seu uso é a estabilidade do seu preço, provocada principalmente pela sua reciclagem.

Em 1859, Henri Sainte-Claire Deville anunciou melhorias no processo de obtenção, ao substituir o potássio por sódio e o cloreto simples pelo duplo. Posteriormente, com a invenção do processo Hall-Héroult em1886, simplificou-se e barateou-se a extração do alumínio a partir do mineral. Este processo, juntamente com o processo Bayer , descoberto no mesmo ano, permitiram estender o uso do alumínio para uma multiplicidade de aplicações até então economicamente inviáveis. O processo Hall-Héroult envolveu os trabalhos independentes e praticamente simultâneos do americano Charles Martin Hall (1886) e do francêsPaul Héroult (1888), jovens cientistas com menos de 27 anos na época da descoberta do processo.

A recuperação do metal a partir da reciclagem é uma prática conhecida desde o início do século XX. Entretanto, foi a partir da década de 1960 que o processo se generalizou, mais por razões ambientais do que econômicas.

O processo ordinário de obtenção do alumínio ocorre em duas etapas: a obtenção da alumina pelo processo Bayer e, posteriormente, a eletrólise do óxido para obter o alumínio. A elevada reatividade do alumínio impede extraí-lo da alumina mediante a redução, sendo necessário obtê-lo através da eletrólise do óxido, o que exige este composto no estado líquido. A alumina possui um ponto de fusão extremamente alto (2072 °C) tornando inviável de forma econômica a extração do metal. Porém, a adição de um fundente, no caso a criolita, permite que a eletrólise ocorra a uma temperatura menor, de aproximadamente 1000 °C.